quarta-feira, 4 de julho de 2007

Pra Falar de Educação



A educação no Brasil, desde que me entendo por gente é um grande dilema. Lembro de professores no colégio que sempre colocavam esse tema em pauta. Se eu for falar mesmo de educação mesmo e abordar suas mazelas farei um post enorme, cansativo e ninguém vai aguentar ler até o fim. Então vou falar "superficialmente" sobre alguns pontos e meu ponto de vista em relação a situação atual!

Hoje em dia até para opinar sobre o assunto é difícil visto que são tantos os pontos que originam problemas em sala de aula. Os problemas não começam na escola, mas nas famílias. Existe uma visão errada de que a escola existe para EDUCAR a criança, quando na verdade a escola existe para ser EXTENSÃO da educação, assim se a criança não tem limites em casa e dentro de seu ambiente familiar não tem a escola responsabilidade de colocar esses limites. Já ouvi vários casos de pais que batem no peito e dizem: "Eu pago pra educarem meu filho" (...) Ôpa! Espere aí... É dentro de casa que a criança aprende limites, são os pais que ensinam a ela como deve ser portar, a necessidade do respeito em relação a outras pessoas, claro que isso é aplicado aquele modelo de família onde a mãe fica com o filho em casa que se formos refletir bem sobre o assunto não é mais tão comum, hoje mais de 50% das mulheres que têm filho pequeno trabalham fora de casa o que é na verdade um grande dilema do qual dedicarei um post especial.
Mas há sim, sem dúvida a necessidade de ter uma pessoa que possa fornecer educação consistente ao cuidar da criança, não há evidências de que seu retorno ao trabalho irá causar dano ao bebê. Crianças cujas mães trabalham fora de casa podem apresentar um desenvolvimento emocional tão bom quanto as outras crianças. Os benefícios para a criança da mãe que trabalha fora incluem aumento de independência, responsabilidade e maturidade. Vou chamar atenção pra essa questão por se fazer necessário no entanto não acho que o ALTO índice de indisciplina em sala de aula, marginalidade e crimes estão nessa parcela de crianças, muito pelo contrário. A marginalidade e a indisciplina, assim como a falta de respeito estão ligadas a uma série de fatores entre eles: o nível de educação dos pais, os princípios morais, muitas vezes a falta de uma crença religiosa, não vou dizer que isso é situação sócio econômica porque nem de longe é se fosse assim aqueles "mauricinhos" me permitam: aquele bando de sem vergonhas que bateram na pobre da doméstica seriam moradores do Morro do Alemão e não daqueles tão bem vistos condomínios.

Mas pra sintetizar onde quero chegar já que um assunto chama outro, os principais problemas estão na família como instituição, logo estão na sociedade como um todo, dessa forma educadores não são anjos de candura e um monte de pobres coitados injustiçados. Há professores e professores, melhor dizendo: Há professores educadores e aqueles que pensam que são professores. Sou totalmente contra aquela visão demagoga que diz que pra ser professor você tem de gostar do que faz porque salário que é bom já sabe que não terá...uma pausa aí por favor! Qual é a diferença entre um professor e um psicólogo? Ambos são formadores de opinião e tem importante papel na vida de seus alunos/pacientes respectivamente. Se assim é, porque o psicólogo não precisa ter visão de madre Tereza? (Com todo o devido respeito, já que Madre Tereza é um exemplo único de mulher).

Num mundo capitalista que vivemos não é possível escolher profissão por caridade, não digo isso porque acho que todo mundo é materialista, acredito sim que há pessoas que tem grandes paixões por suas profissões em especial as que lidam diretamente com pessoas, mas a grande questão e obter o necessário para seu sustento desempenhando sua função com "paixão". Voltando especificamente ao tema alunos e educação, eu sei que é um grande desafio entrar em sala de aula e manter seu equilíbrio diante das mais diversas situações, saber que tem de estar entre o exercício de sua autoridade como docente e ao mesmo tempo de sua capacidade de tolerância, respeito e imparcialidade. Diante de toda essa problemática, do desdém do governo, dos alunos, muitas vezes de seus pais enfim há educadores que não têm nada de educadores e quando me deparo com uma coisa dessas me pego pensando "Você aprende o mesmo que eu" em relação a como lidar com pessoas, a necessidade do respeito, a empatia e etc? Não definitivamente não.

Se o professor é formador de opinião é de certa forma caricatura de exemplo para os alunos, ou será que não? Quem sobretudo as meninas, nunca parou e pensou: "Quando eu crescer quero ser igual a professora X?! Seja pela maneira de falar, pela beleza, por ser legal enfim... Como é possível então ser um formador "social" e ter esse comportamento hostil em relação as pessoas?! Resumindo não tudo que vivemos na área da educação hoje é um efeito dominó...começou lá na primeira peça até chegar no que é hoje!
Solução pra tudo isso?...hummmm...loooonga pausa para pensar...Reinventar as Pessoas?!

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