quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Dá pra acreditar? Lei Maria da Penha é Diabólica

Dá pra acreditar? Lei Maria da Penha é Diabólica

Depois de um tempo sumida e reunindo energias para o meu novo blog que deve surgir em breve, não podia deixar de registrar minha indignação...

Só hoje eu li na
Folha de São Paulo sobre o juiz, aquele tal de Edilson Rodrigues que disse que a Lei Maria da Penha é diabólica. Gente desculpa, mas diabólico é ele, um machista miserável que não vê um palmo além do seu umbigo.

Edílson tem medo de que os homens percam sua autoridade...

"Ora, a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher, todos nós sabemos, mas também em virtude da ingenuidade, da tolice e da fragilidade emocional do homem (...) O mundo é masculino! A idéia que temos de Deus é masculina! Jesus foi homem!" Para não se ver eventualmente envolvido nas armadilhas dessa lei absurda, o homem terá de se manter tolo, mole, no sentido de se ver na contingência de ter de ceder facilmente às pressões."

Alguém que conhece um pouquinho sobre Jesus sabe muito bem que em toda sua trajetória, Jesus apregoou AMOR, respeito, compaixão. Jamais Jesus teria uma postura miseravelmente machista apoiando a violência contra a mulher se embasando no discurso medonho de que uma lei que vem para trazer a mulher um pouco mais de dignidade num mundo onde ela é banalizada em vários aspectos, vai fazer do homem um banana.

"A vingar esse conjunto de regras diabólicas, a família estará em perigo, como inclusive já está: desfacelada, os filhos sem regras, porque sem pais; o homem subjugado." Ele chama a lei de "monstrengo tinhoso".Rodrigues criticou ainda a "mulher moderna, dita independente, que nem de pai para seus filhos precisa mais, a não ser dos espermatozóides".
Sancionada em agosto de 2006, a Lei Maria da Penha (nº 11.340) aumentou o rigor nas penas para agressões contra a mulher no lar, além de fornecer instrumentos para ajudar a coibir esse tipo de violência.
Seu nome é uma homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Maia, agredida seguidamente pelo marido. Após duas tentativas de assassinato em 1983, ela ficou paraplégica. O marido, Marco Antonio Herredia, só foi preso após 19 anos de julgamento e passou apenas dois anos em regime fechado.
Em todos os casos em suas mãos, Rodrigues negou a vigência da lei em sua comarca, que abrange oito municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, com cerca de 250 mil habitantes. O Ministério Público recorreu ao TJ (Tribunal de Justiça). Conseguiu reverter em um caso e ainda aguarda que os outros sejam julgados.
Mas esse comportamento inerte, retrógrado e obsoleto é facilmente interpretado...Não tem a menor compaixão, não é pena não é comoção mesmo com a dor do próximo, não sabe se pôr no lugar do outrem e mais ainda sua dificuldade deve durar porque nunca teve uma filha cujo marido "desça o porrete nela" e não é que eu desejo isso, já que somos mulheres e o mínimo é nos por no lugar da outra, mas se isso algum dia acontecesse (volto a repetir não desejo isso, sobretudo porque nenhum “ser humano” merece passar por tal desgraça) se ele tem um pingo de dignidade (o que não me espantaria se alguém dissesse que ele não tem) ele certamente seria o primeiro a sair na rua distribuindo "panfletos" pró Lei Maria da Penha.
Tem que ter a carteira da ordem suspensa!!! E mais... Tem que rolar um protesto!

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